Encontrei meu marido às três horas da tarde com uma loura oxidada. Tomavam guaraná e riam, os desavergonhados. Ataquei-os por trás com mãos e palavras que nunca suspeitei conhecesse. Voaram três dentes e gritei, esmurrei-os e gritei, gritei meu urro, a torrente de impropérios. Ajuntou gente, escureceu o sol, a poeira adensou como cortina. Ele me pegava nos braços, nas pernas, na cintura, sem me reter, peixe-piranha, bicho pior, fêmea ofendida, uivava. Gritei, gritei, gritei, até a cratera exaurir-se. Quando não pude mais, fiquei rígida, as mãos na garganta dele, nós dois petrificados, eu sem tocar o chão. Quando abri os olhos, as mulheres abriam alas, me tocando, me pedindo graças. Desde então faço milagres. |
as vezes da vontade de socar mesmo... rs
ResponderExcluirheehhe...então...li este poema na faculdade e achei que mostra muito bem o poder e a raiva... risos...
ResponderExcluirGi beijinhosssssssssss