sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O Casamento.

Ultimamente ando me sentido demasiadamente nostálgica, sentindo o tempo passar e passar, não que isso seja necessariamente ruim. Estranho é que eu sinto o tempo passar quando olho para as pessoas e coisas a minha volta, mudam os dígitos dos anos, as crianças crescem, os adolescentes chatos se tornam adultos, as minhas amigas se casam.
Alias, as pessoas a minha volta estão se casando, das minhas amigas próximas, já fui ao casamento de três, e até já imagino quem será a próxima no ano que vem. E não é raro encontrar com fulano na rua, que eu não vejo desde....hummm....bastante tempo, e a resposta que eu escuto é: "Pois é casei com fulana". Aiaiaiaia...to ficando velha???

Pior, sentir o tempo passar é quando vejo as pessoas que eu estudei com filhos, nossaaaaaa, isso ao mesmo tempo que me deprime, me causa uma enorme satisfação. Deprime em pensar que o tempo voa, e eu estou aqui. E me deixa extremamente satisfeita que pelo menos eu estou aqui, mas não tenho nenhum bebezinho para criar cozinha....risos!!!

Pensar em casamento quando se está apaixonado e feliz é m.a.r.a.v.i.l.h.o.s.o, ruim mesmo é pensar nele depois de um pé na bunda, ou depois de muitos anos de solteirice. Alguns, com pouca convicção na instituição, acreditam que não haja vida após o casamento, e sinceramente a sua vida própria, não mesmo. Após o "Até que a morte os separe", você se tornará dois, suas escolhas serão sempre por dois, suas decisões serão multiplicadas por dois e seus dinheiro dividido por dois.

Mas alto lá! Isso não significa que eu não acredite no amor, pois eu acredito nele plenamente, o que talvez esteja precisando de uma reciclagem é a instituição chamada - CASAMENTO.
Uma inovada no quesito "Feliz para sempre", que nos ensinam desde de crianças. Quem, casado ou não, é feliz para sempre?
Uma remodelagem no setor "Que seja eterno enquanto dure", pois se você pensar assim vai durar pouco mesmo.
E que tal uma renovação nas cerimonias tradicionais de casamento? São, em sua maioria, extremamente chatas e cafonas. Todo mundo bebe até cair, os serviços contratados deixam a desejar, as famílias e têm intrigas entre si, e ainda por cima tem sempre um parente infeliz que sai, de barriga cheia, falando mal de tudo.

Fora está instituição falida, o tempo continua a passar, as primaveras se aproximam, e os casamentos acontecem. Quem sabe, um dia deste, daqueles quando estamos apaixonados, eu volte neste mesmo Blog e me desculpe por todas as blasfêmias que eu escrevi sobre a instituição que tem mais sorte de existir, a do casamento.
Autor
Zara Abrahão Ramos

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