segunda-feira, 17 de junho de 2013

Boca do Inferno

Gregório de Matos
 
1636 - 1696

 
À sua mulher antes de casar
 
Discreta, e formosíssima Maria,
Enquanto estamos vendo a qualquer hora
Em tuas faces a rosada Aurora,
Em teus olhos, e boca o Sol, e o dia:
 
Enquanto com gentil descortesia
O ar, que fresco Adônis te namora,
Te espalha a rica trança voadora,
Quando vem passear-te pela fria:
 
Goza, goza da flor da mocidade,
Que o tempo trota a toda ligeireza,
E imprime em toda a flor sua pisada.
 
Oh, não aguardes, que a madura idade
Te converta em flor, essa beleza
Em terra, em cinza, em pó, em sobra, em nada.



Lembra?
enviado em 09/07/2012....risos

Um comentário:

  1. Sim me recordo. E mantenho a mesma opinião. Não vou esperar o Tempo consumir-nos. Quero e sou seu homem hoje e agora. Pra sempre!
    Lhe amo.
    SSS Marido.
    Júlio Reis.

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