De: Júlio
Para: Zara
Otimizando a séria desfrutando, pensei (e gostei) desse poema de Augusto dos Anjos.
Pré Modernismo
Augusto dos Anjos
1884 - 1914
A idéia
De onde ela vem?! De matéria bruta
Vem essa luz que sobre as nebulosas
Cai de incógnitas criptas misteriosas
Como as estalactites duma gruta?!
Vem da psicogenética e alta luta
Do feixe de moléculas nervosas,
Que, em desintegrações maravilhosas,
Delibera, e depois, quer e executa!
Vem do encéfalo absconso que a constringe,
Chega em seguida às cordas do laringe,
Tísica, tênue, mínima, raquítica...
Quebra a força centrípeta que a amarra
Mas, de repente, e quase morta, esbarra
No molambo da língua paralítica!
Sempre tenho que o mais difícil do que ter uma grande idéia, é vencer a “... língua paralítica!” em divulgá-la!
Idéia, dos corações valentes, somente é linda quando amada! Coragem, êxito, sorte? Para quem ja passou pela morte (de idéias), sabe. Hoje eu sei. Augusto do Anjos também.
ResponderExcluirBjjs