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07/06/2012
De Júlio
Para Zara
Mas mesmo assim observava Camões, e Camões é sempre Camões...
Sonetos.
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Busque Amor novas artes, novo engenho,
para matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal tirará o que não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mundanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.
Que dias há que na alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei porquê.
O amor que as vezes sonha, também é o que confunde, pobre Camões.
Acredito sempre que vale a pena!
ResponderExcluirDe tantas vezes, talvez a sua seguramente,
Me faz a mais diferente e atraente.
Agora que tudo posso, não tendo alma pequena!
Bjjs
Sss Júlio.