terça-feira, 5 de junho de 2012

Série Desfrutando.‏

(1). 05/06/2012
De: Júlio 
Para: Zara



Parnasianismo 
            Alvarez de Azevedo
            1831 - 1852

             Minha Desgraça

            Minha desgraça, não, não é ser poeta,
            Nem na terra de amor não ter um eco,
            E meu anjo de Deus, o meu planeta
            Tratar-me como trata-se um boneco...

            Não é andar de cotovelos rotos,
            Ter duro como pedra o travesseiro...
            Eu sei... O mundo é um lodaçal perdido
            Cujo sol (quem mo dera!) é o dinheiro...

            Minha desgraça, ó cândida donzela,
            O que faz que o meu peito assim blasfema,
            É ter para escrever todo um poema,
            E não ter um vintém para uma vela.

Um comentário:

  1. Ótima idéia!
    A poesia nunca tem fim...
    Nunca perde o glamor...
    Nunca deixa de sentir...
    Nunca tem dinheiro! (por enquanto)
    Pressinto que com você é só uma questão de tempo!
    Bjjs profundos.

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