De: Júlio
Para: Zara
Parnasianismo
Alvarez de Azevedo
1831 - 1852
Minha Desgraça
Minha desgraça, não, não é ser poeta,
Nem na terra de amor não ter um eco,
E meu anjo de Deus, o meu planeta
Tratar-me como trata-se um boneco...
Não é andar de cotovelos rotos,
Ter duro como pedra o travesseiro...
Eu sei... O mundo é um lodaçal perdido
Cujo sol (quem mo dera!) é o dinheiro...
Minha desgraça, ó cândida donzela,
O que faz que o meu peito assim blasfema,
É ter para escrever todo um poema,
E não ter um vintém para uma vela.
Ótima idéia!
ResponderExcluirA poesia nunca tem fim...
Nunca perde o glamor...
Nunca deixa de sentir...
Nunca tem dinheiro! (por enquanto)
Pressinto que com você é só uma questão de tempo!
Bjjs profundos.